Beleza

Beleza divina
Pura e inocente perdição
Ecoa pelo mundo,
Encanta e é emoção

E jamais se pode negar
A beleza da criação.
Impossível é não comtemplar
Tamanha perfeição.

Não há defeitos,
Não há imperfeições,
São só contradições,
Diante da perfeição.

Porém é preciso aprender
A cantar a vida,
Viver o amanhecer
De cada momento

Errar a cada passo
E levantar a cada tombo
Tantas coisas, para entender
A beleza de cada momento

Beleza divina,
Masjestade do viver
Contemplar e cantar
Viver e aprender

Palavras de brincadeira
Se transformam em poemas.
Se misturam com desejos.
São pequenas emoções e confusões.

"Contemplar a beleza é um ato inocente, uma semente de desejo,
regrada de respeito e devoção, as vezes sem, pois sempre há a contradição."

Fragilidade Humana

Viver é um ato voluntário,
Um esforço de cada dia.
Sobreviver é um auto-reflexo,
Uma rotina diária.

Ambas as atitudes diante
Da doença, da fraqueza,
Da morte e da tristeza,
Denotam a fragilidade humana.

A fragilidade humana não tem o que apreciar.
É a impotência diante da dificuldade.
Às vezes é uma oportunidade
Para crescer para deixar certas utopias.

Entretanto, jamais será possível negar
Ou, na prepotência, subjugar
Quem se depara com a fragilidade
De nossos corpos e de nossas mentes.

Pois a perda é algo irreparável.
Talvez seja superável.
Mas as palavras nem sempre são suficientes,
Utopia é acreditar que sempre são confortantes.

A fragilidade humana
Se expressa definitivamente
Com a morte, com o fim,
Com a escuridão.

Morte que é tão definida,
Mas vem de surpresa,
Apesar dos sinais,
Leva um pedaço de cada um.

“Apesar dos defeitos de cada um, diante das fragilidades humanas, todos estão sujeitos ao fim. A perda de um membro da família é algo ruim”

Nostalgia

Nostalgia, sensação do encontro.
Confunde-se com a saudade
E perde-se no desencontro,
Mas é velha amiga da felicidade.

Quando criança,
Tudo era tão grande
E cheio de graça e intensidade,
Meras vaidades.

Hoje, tudo é tão pequeno,
Rápido e passageiro.
Resta a grande felicidade
Da saudade.

As obrigações e o acaso
Leva-nos aos felizes encontros
De amigos e lugares
Que se perderam nos desencontros.

Ah, se aquela velha pintura,
Tivesse a mesma cor
Dos vários anos passados
Ilusão seria esquecer a dor.

Tamanha é a nostalgia que sinto,
Vício da saudade confusa
Dos tempos que se passaram,
Doce dor de velhas felicidades.

Ah, nostalgia que não termina
É bela e sedutora amiga
Sempre me conquista
Como posso evitar?

“As celebrações são tentativas, às vezes utópicas, de reviver momentos marcantes. Alimentar o vício da nostalgia com encontros ao caso é algo tão natural da vida.”

Uma aprendizagem

A vida nos apresenta tantas coisas,
Desde sonhos a desejos que nos levam às alturas.
Tudo é parte de uma aprendizagem.

Não acredito no céu,
Muito menos no inferno.
A vida é tão única e preciosa.

Não dá para fazer tudo que desejamos
Nem esperar que a utopia se realize.
O tempo é muito curto.

A nossa fragilidade física
É vista nas guerras e catástrofe da natureza.
Nada pode deter a morte (Talvez a fé).

Fé que a poucos resta
Que diante do desespero pode brilhar
Ou se apagar como uma vela.

Essa é a nossa realidade humana.
Somos mais frágeis do que imaginamos.
Por isso, tantos se agarram ao poder, às riquezas ...

Porém ...
Se o poder fosse forte, não cairia.
Se as riquezas fossem eternas, não acabariam.
Se o homem fosse imortal, não morreria.

Ser fraco, ser frágil, não é ruim.
Chorar não é desumano, pelo contrário,
É mais humano do que muitas coisas.

Mostra como necessitamos do outro.
É daí que vem a existência humana,
O sentido da vida, não está no “eu”.

É difícil negar as palavras:
“Amai-vos uns aos outros”.
Seria negar o sentido da existência.

Amar não é sobre-humano,
Faz parte da natureza humana.
Que nos encanta.

Não é o suficiente nem tudo na vida,
Mas é o início para se construir algo
Que depende de nosso esforço.

"Se tivesse que escolher entre a eternidade de um deus grego e ser mortal,
escolheria ser mortal, pois cada dia é tão único que a eternidade tiraria
o seu valor e poderia torná-lo banal."