Um poema sobre Sexo

Sempre desejei escrever
Um poema sobre sexo,
Uma atração instintiva,
Uma suave pré-liminar.

Desejos carnais.
Mal interpretados
E condenados.
Alegria da vida.

Desprezo a banalidade
E também os velhos tabus.
Deixo de lado a moralidade
E falo sobre felicidade.

Sempre desejei escrever 
Um poema sobre sexo,
Fogo dos enamorados,
Dos apaixonados.

Cada toque se transforma
Em chamas ardentes,
Palavras quentes
De mentes em explosão.

Não sei de onde vem
Tanto desejo e excitação.
Quem pode compreender
A natureza da criação.

Os sentidos são as portas da alma.
Incompreendidos pela razão.
Apreciadores do prazer
Dos corpos nus em união.

Sempre desejei escrever 
Um poema sobre sexo.
Sem vulgaridade,
Sem moralidade.

Aprecio o contato,
A intimidade,
O desejo
E a sensualidade.


"Um breve poema, sobre sexo. Uma simples quebra de tabu. 
Não tão quente, como desejaria escrever ..."

Doce Ignorância

Diria que não acredito em nada,
Que possam me contar ou inventar,
Mas seria uma breve falácia.
Mentir e negar tal inocência.

Mas o que posso dizer diante da ciência?
Incapaz de trazer todas as respostas.
Soberba em suas teorias e especulações.
Sou apaixonador por ela, mas infiel a razão.

Digo o mesmo da religião,
Tão boa caridade e tanta moralidade.
Os pecados ditados e sacrificados,
São como incoerências, inconsistências.

Sou um jovem apreciador da ignorância.
Me resta crer e compreender tão poucas coisas,
Não pelas respostas a todas as perguntas,
Sim pelas não respostas de todas a perguntas.

Não creio em deuses nem diabos,
Paraísos, infernos ou purgatórios.
Um anjo decaído, um demônio regenerado.
Levo comigo meus próprios demônios e anjos.


Diria que não acredito em nada,
Que possam me contar,
Mas acredito na curta mentira,
Inventada de qualquer criança.

Não compreendo os intelectuais,
Mas entendo os loucos.
Não sei fazer cálculos complexos,
Mas finjo compreender a poesia.

Doce é a ignorância,
Pois experimento 
Uma gota do néctar do mundo.
E ainda não compreendo a vida.

"Doce é a ignorância, a fé nas pequenas coisas,  
o viver simples de cada dia e o valorizar das breves alegrias."