Poema da Vida na Cidade

Vamos parar o tempo
Queremos mais ...
Queremos tudo ...
Não queremos nada ...

Vamos inventar outra forma
De pensamento, parado.
Não aguentamos essa rotina,
Queremos mais tempo.

Trânsito, buzinas, motos, carros.
Rotina sem parar, sem respirar.
Queremos mais e tudo ....
Mas não sabemos ...

Vamos parar o tempo ...
Talvez exista ar puro
No meio dos prédios
E da cidade cinza.

Queremos respirar fundo.
Poluição, caos, completa ilusão.
Vamos fingir ou fugir
Tanto faz, tanto fez.

Vamos parar o tempo
Não adianta, sempre vamos querer
Mais .... Tudo ....
Mas fingirmos não saber.

"As maiores mentiras são contadas para nós mesmos, 
por nós mesmos."

Destino

Não importa os traços a lápis
Os planos pensados e planejados
A vida não é um mero trapo
Traçado pelas filhas do destino

Por mais que a morte seja certa,
Espero que também tardia,
O resto do caminho e do desenho
Sempre será um fiar singular.

Que não é submisso
Nem aos deuses nem aos demônios.
Mas reafirmam o livre arbítrio
E o traçar indefinido.

Não importa os traços a lápis,
Podemos apagar e recomeçar.
As marcas do esforço podem prevalecer,
Mas os traços podem redesenhar.

Talvez, haja novas folhas,
Ou somente vamos rasurar
E continuar o que queremos,
Decidimos e almejamos.

"A única coisa que tenho orgulho do meu ceticismo (exagero de não crer)
é que o destino não existe e a vida é traçada pelos nossos atos."